A ONDE ESTÁ NOSSO FUTEBOL? ...
Nossa plena expressão social e nosso maior agregador
cultural foram postos em um lugar bem especial exatamente por nossas
especialidades. Por Sócrates
"Nosso futebol acabou." Esta frase ecoa nos bares
e peladas de futebol na cidade de Óbidos sempre que lembramos dos grandes
clássicos.
Nosso futebol e uma arte que jamais será um adjetivo; é a
sua essência. A beleza intrínseca do movimento e da harmonia é meio ideal de
cultura para a alegria e a criatividade dos Obidenses. E quem nesta geração não
se apresenta com tanta clareza como tais qualidades?
Um futebol historicamente esmagado pela má administração ou
gestão, e que está cheio de teias de aranhas que insistam em se fazer as coisas
a trampos e barrancos sem engajamento e articulações, temos pessoas que só
sabem explorar e excluí uma imensa maioria e que ainda permanece com um olhar
elevado para a esperança que se mostra intocável mais não se mostra
longe.
Conseguimos atingir essa capacidade de sobrevivência por
suas incomparáveis e características de fazer tudo na porrada.
Quando qualquer de nós se aproxima de alguma forma de
expressão artística é que podemos perceber a sensibilidade que exala de cada
poro nosso. Como podemos explicar que cá por estas bandas, surgi tantas
genialidades sem que, em sua maioria, tenham tido quaisquer facilidades para
seus ofícios? Em tantas áreas poderíamos desfilar um sem-número de figuras
excepcionais que se destacaram por suas criações e capacidades de realizações
feitas na nossa história no passado. No esporte não é diferente.
E nada mais real do que o nosso esporte. Nossa plena
expressão social e um dos nossos principais amores, nosso maior agregador
cultural que trazia alegria para as pessoas no estádio. Nos colocaram num posto
escuro com nossas chuteiras, em um lugar que ninguém olha, só
lembra.
Cadê os boleiros do nosso futebol que se dizia ser um
''ícone'' a onde estão suas especialidades que tanto fala que mostrava no estádio?
Cadê nosso futebol? Na verdade, falta uma série de coisas para termos nosso
futebol de volta: espontaneidade, talento, criatividade, alegria, raça,
vontade, e determinação e habilidade. Isto é que determina as coisas nos
gramados! E arte de qualidade ímpar. Não é à toa que nossos maiores clubes
lutam para sobreviver em meio uma das maiores crises do esporte em nosso município.
Porém, quando escolhemos fazer parte de uma equipe de
pessoas que possui como conteúdo filosófico a destruição do esporte, não
estamos percebendo nada de positivo em nossas atitudes. E as consequências são
muitas. Essa opção torna o jogo feio, truncado, faltoso, de poucos gols e
muitas vezes irritante. Para conserta esses erros, só mudando a: estrutura,
pessoas, organização, dinâmica, metodologia. Pelo menos, essa é a minha
impressão ao analisar nosso estado atual. E os exemplos estão aí para compararmos.
Quem assistiu ao clássico entre Mariano Futebol Clube e Paraense Futebol Clube
no último sábado dia 20 de julho amistoso comemorativo em pró da Nossa Senhora
de Santana, pôde ver uma geração que crescer despreparada sem estruturas e
mais: do outro lado uma geração vitoriosa com vários feitos mais que aos poucos
desfalecer que não recebi apoio.
Antes disso, hoje quando surge esses jogos que tem uma
história muito grande mais que está no passado, hoje estamos cansados de ver:
muita correria, pouca técnica, times sem desenvoltura, violência em campo,
agressões, discussões e pouco, muito pouco futebol. O que podemos
ver hoje: falta de liberdade, sem movimentação, alguns lances que dificilmente
podem se tornado gols, uma euforia que está acordando em nós aos poucos, sem
participação, nossa ansiedade não é a mesma nosso entusiasmo cresce a cada dia
para ver nosso futebol sal desse espaço escuro sem visibilidade para onde
foi colocado.
Me lembro como se fosse hoje, sair do trabalho mais cedo
para acompanhar o treino da Seleção Obidense de Futebol que ser preparava para
a Copa Oeste de Futebol, escudava os comentários das pessoas sobre os nossos
adversários, só aí então percebi que: contra uma equipe de baixíssima qualidade
vencemos por apenas 2 a 0, quando pela diferença de técnica deveríamos ganhar
de 6, de 7 ou mais. Com os jogadores que temos, encontrando mais espaços para
driblar, pensar e criar, todas as partidas seriam mais belas, mais empolgantes,
um êxtase aos olhos e ao coração dos nossos torcedores. Todos os gestos
esportivos seriam motivos para obras de Picasso, e outros gênios, nossos jogos
eram uma obra de arte que passava emoção para os torcedores e atletas.
Espero que todas estas pessoas que viveram a emoção de ir
ao estádio – ou de acompanha os famosos jogos da várzea e terra firme
possam senti de novo essas emoções que eram passadas que hoje são passadas com
uma frequência muito baixa.
Será que toda nossa história foi só um amor de verão
prolongado que chegou no seu fim? Você não pretende mais ver futebol no famoso estádio
Ary Ferreira? O “futebol Obidense é uma vergonha? Os times são ruins, sem
estruturas, sem condições, sem parcerias, ou melhor sem incentivos. Será que
nosso futebol está com muita violência. (Não é o caso). Nunca podemos esqueça
da nossa história nossas glorias que são datas a Deus.
Não!!!, Nosso Futebol está vivo sim!!, e a arte não acabou.
Está mais viva do que nunca. O que nos falta é competência para percebermos que
isto é um espetáculo e deve ser tratado com amor, carinho, competência,
seriedade e foça de vontade. Quando propomos um futebol de resultados, estamos
querendo a dança sem leveza, o canto sem coração, a interpretação sem técnica.
E só o faz dessa forma quem não conhece e respeita a beleza de qualquer
expressão artística. Quem não possui o dom ou a consciência junta
da sensibilidade que nosso futebol está vivo, o que precisa ser feito é
repensar nossas escolhas, nossas atitudes para que possamos consumir essa arte
de outrem, não renegá-la, Deixando ele no escuro mofando com teias de aranhas.
Nós precisamos resgata aquilo que é de mais belo no nosso futebol, juntos
podemos nos oferecer a fazer um novo estilo com uma nova forma de trabalho para
que possamos resgata ele dessa escuridão que vive hoje.
Autor: André Luiz
Ex-Membro da Comissão Técnica da Seleção Obidense de
Futebol
Cargo: Massoterapeuta FEPLAM 562/905 RS
- PROPRIETÁRIO DA AGÊNCIA ADE ESPECIALISTA EM DESIGN & BRANDING
- ESTUDANTE DE TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE IFPA - CAMPUS ÓBIDOS
- DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA AAMFC
- PALESTRANTE DE MARKETING ESPORTIVO
- PROMOTOR DE MISSÕES IBB - CBB
- DIRETOR DE ESPORTE DA AEPHC
- MASSOTERAPEUTA
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